domingo, 22 de maio de 2011

Outra reportagem!!! Vamos ler um Pouco? (Ana Teberosky)


Entrevista com Ana TeberosKy para a Nova escola


Irei aqui, apenas destacar as perguntas que mais chamaram minha atenção. Portanto, quem quiser ler a entrevista na íntegra vá ao site http://revistaescola.abril.com.br/home/. Assim, poderão disfrutar, também de várias outras matérias.



Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é alfabetização.

Doutora em psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade, desenvolvendo trabalhos em escolas públicas.

1. De quem é a culpa quando uma criança não é alfabetizada?

Ana Teberosky - A responsabilidade é de todo o sistema, não apenas do professor. Quando a escola acredita que a alfabetização se dá em etapas e primeiro ensina as letras e os sons e mais tarde induz à compreensão do texto, faz o processo errado. Se há separação entre ler e dar sentido, fica difícil depois para juntar os dois.


2. A atitude positiva do professor tem impacto na alfabetização da turma?

Ana Teberosky - Acreditar que o aluno pode aprender é a melhor atitude de um professor para chegar a um resultado positivo em termos de alfabetização. A grande vantagem de trabalhar com os pequenos é ter a evolução natural a seu favor. Se não existe patologia, maus-tratos familiares ou algo parecido, eles são máquinas de aprender: processam rapidamente as informações, têm boa memória, estão sempre dispostos a receber novidades e se empolgam com elas. Um professor que não acha que o estudante seja capaz de aprender é semelhante a um pai que não compra uma bicicleta para o filho porque esse não sabe pedalar. Sem a bicicleta, vai ser mais difícil aprender!


3. Como o processo de alfabetização deve ser avaliado?

Ana Teberosky - O professor deve se basear no momento inicial de aprendizagem de cada aluno, verificando o que ele conquistou em determinado período. Além do mais, a avaliação passa pela análise do próprio trabalho: o professor tem condições materiais e estruturais para ensinar? Ele criou um ambiente alfabetizador favorável à aprendizagem e necessidades de usar a língua escrita?


4. O que é um ambiente alfabetizador?

Ana Teberosky - É aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em papel , um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo momento esses escritos, que faz circular as idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora.


5. Quais atividades o professor alfabetizador deve realizar?

Ana Teberosky - Formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e ler para elas são estratégias fundamentais! É preciso compartilhar com a turma as características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as dúvidas. Se nos 200 dias letivos o professor das primeiras séries trabalhar um livro por semana, a classe terá tido contato com 35 ou 40 obras ao final de um ano.


6. É correto o professor escrever para os alunos quando eles ainda não estão alfabetizados?

Ana Teberosky - Sim. A atuação do escriba é um ponto bastante importante no processo de alfabetização. O estudante que dita para o professor já ouviu ou leu o texto, memorizou as principais informações que ele contém e com isso consegue elaborar uma linha de raciocínio. Ao ver o que disse escrito no quadro-negro, ele diferencia a linguagem escrita da falada, seleciona as melhores palavras e expressões, percebe a organização da escrita em linhas, a separação das palavras, o uso de outros símbolos, como os de pontuação. A criança vê o seu texto se concretizar.


7. É possível alfabetizar em classes numerosas?

Ana Teberosky - Depende da quantidade de alunos. Em quatro horas de aula por dia com 40 crianças, é muito difícil e eu não saberia como fazer... Seria melhor se cada sala tivesse 20, 25. Em Barcelona, estamos experimentando os agrupamentos flexíveis, que misturam grupos de diferentes níveis, com 12 estudantes e com três ou quatro professores à disposição para orientação. Existem algumas possibilidades desde que haja contribuição da gestão pública.

Vamos estudar um pouco? Entrevista com Ana Teberosky

terça-feira, 12 de maio de 2009

ENTREVISTA - ANA TEBEROSKY

PRODUÇÃO DE TEXTO

A educadora espanhola Ana Teberosky, cátedra da Universidade de Barcelona, pesquisadora e autora de pesquisas importantes na área da educação, entre elas A Psicogênse da Língua Escrita, em parceria com Emília Ferreiro, obra que trouxe importantes reflexões a respeito da aquisiçao do sistema de escrita, falou com o Diário na Escola na última semana sobre produção de texto no ensino infantil e fundamental.
A pesquisadora esteve no Brasil para um Simpósio promovido pelo CEDAC (Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária), em São Paulo, voltado para formadores em educação. Na entrevista, Ana Teberosky dissertou sobre a necessidade dos alunos entenderem para que e por que produzem textos, sobre como o educador pode estimular os alunos para essa produção, sobre a possibilidade de usar histórias e imitações no processo criativo e sobre a importância das crianças adquirirem vocabulário, entre outras coisas. A seguir os principais trechos da entrevista.

Diário na Escola – Como a senhora vê a aquisição e produção de texto por parte das crianças?
Ana Teberosky – É difícil falar sobre a produção de texto da criança brasileira, porque as crianças do Norte, do Sul, da costa, da Amazônia, têm muitas diferenças regionais, não há um único tipo de criança brasileira. Porém, há uma identidade. É como na Europa, a criança portuguesa não é muito diferente da criança espanhola, mas elas têm uma cultura escolar
diferente da criança brasileira. Por isso é difícil generalizar comentários sobre o processo de aquisição de textos das crianças de locais diferentes. De qualquer forma, é possível, em qualquer lugar, dizer que para que essa aquisição ocorra, os educadores devem fazer o seguinte questionamento com os alunos: para que são produzidos os textos e por que fazê-los.

Diário na Escola – De que forma os professores devem trabalhar a partir destas questões?
Ana Teberosky – Sobre a questão para que fazê-los, é interessante que se entenda que um adulto, uma pessoa letrada, lê textos com diferentes funções e aspectos subjetivos. O jornal é um texto, o romance é um texto, uma carta é um texto, ler uma notícia é um texto, ler a bula de um medicamento é um texto. Sendo assim, para entender para que se produz textos, educador e alunos devem produzir e interpretar juntos, é importante ficar claro que o resultado concreto da
leitura e da escrita é um texto. Ou pode-se também dizer que na realização do texto há resultados concretos, de leitura e interpretação. Não há ato de leitura sem a escrita – só uma palavra já é um texto. Portanto, na produção do texto, fazemos ao mesmo tempo um ato de leitura e de escrita. Sobre a questão por que fazê-los, a história é outra. O texto é importante na aquisição da leitura e da escrita, portanto é preciso produzir e ler textos. Há muitos processos psicolingüísticos e muitos motivos possíveis num discurso, num texto. Um processo de construção das sintaxes não acontece com a palavra sozinha há todo um processo de produção e compreensão da pontuação, um processo da coerência gráfica. Então, é muito importante que a aprendizagem da leitura e da escrita não seja restrita, há várias formas de produção do texto além da gráfica. A questão da palavra é outra. A ortografia é a palavra. Se o educador for trabalhar com a ortografia, aí a unidade da referência é a palavra, mais que o texto.

Diário na Escola – Qual a maneira de trabalhar a produção de texto sem a palavra escrita, sem a
ortografia? Não é necessária, desde o ensino fundamental, a preocupação de introduzir as regras
e normas cultas da escrita?

Ana Teberosky – Quando começa a produção de texto na pré-escola ou na primeira série, é bom começar com o texto ao mesmo tempo que começar com as letras, com as palavras. Talvez não seja possível que a criança produza um texto graficamente, mas ela pode contar para o adulto e o adulto escrever. Ela pode produzir um texto oralmente, em situação de entrevista, gravando
etc. A produção de texto não é necessariamente gráfica. Quanto às regras gramaticais e ortográficas, a aquisição de algumas delas é possível no início, outras ainda não. O professor tem que chegar a um equilíbrio entre a restrição e a limitação impostas pela aplicação das regras gramaticais e ortográficas na criação do texto, e a liberdade com que se aplica essa mesma atividade, sem utilizar a produção gráfica. Nem tudo deve ser limitado e restringido, nem tudo deve ser livre, pois isso é impossível.

Diário na Escola – Como se deve começar uma narrativa? O professor tem que buscar equilíbrio entre liberdade, desde que seja criativa, e regra formal de escrita?Ana Teberosky – O professor deve começar em cima de uma estrutura narrativa conhecida ou de uma narrativa que tenha um personagem. Nós estamos trabalhando esse tema de equilíbrio de restituição de liberdade. Se você deixa a criança na conversa cotidiana oral, a produção dela é muito pobre, o vocabulário é pobre, curto, a estrutura é muito simples. Mas se você provoca alguma situação na qual a criança tem que imitar a outra ou falar como se fosse um personagem da televisão, falar como se fosse um professor, falar como se fosse um personagem do livro, o nível de instrução dela aumenta. Aumenta muito o vocabulário, a complexidade das sintaxes. Porque a imitação permite incorporar a capacidade de outro. Nós somos a favor do texto livre, mas com atenção para o fato de que, com ele, a criança pode ficar muito sozinha com suas próprias idéias e sem ajuda. Por isso, é interessante que o texto seja criado a partir de alguma estrutura e que o aluno receba ajuda no caso da imitação de personagens ou colegas.

Diário na Escola – A produção de texto é uma ferramenta importante para que a aquisição da leitura aconteça de forma letrada, efetiva?
Ana Teberosky – É muito importante porque permite a realização do jogo discursivo que é uma situação que, sem produção de texto, é impossível. Quando você está, por exemplo, na hora de comer, com a família, normalmente todos falam muito. Mas os temas desses discursos narrativos são muito limitados, para a aquisição da leitura são interessantes temas mais complexos. Em um comentário sobre um livro você pode incorporar muito mais, porque os temas são mais complexos, porque as palavras são mais complexas. Mais da metade do vocabulário de uma língua, de um idioma, só se encontra nos livros. O vocabulário não está na fala cotidiana, ela é muito repetitiva.

Diário na Escola – Qual a importância da apropriação do vocabulário restrito aos livros?
Ana Teberosky – Se você só tiver duas palavras para todo o mundo, o que seria do mundo? Quando a criança é pequena, a criança não fala cão. Ela refere-se ao cachorro somente como au, au. Essa é toda a referência que ela tem do animal. Mas ela pode aprender a referir-se ao cão dela, a partir de outras perspectivas: pode descobrir que o au, au pode ser chamado de cão ou de cachorro, que ele é um animal, mamífero e que au, au é o som que os cães fazem quando latem. São informações sobre o animal, agregadas à expansão do vocabulário.

Diário na Escola – Apropriação da língua é apropriação de conteúdos?
Ana Teberosky – É apropriação de conteúdos, é pensar. Não interessa a fala cotidiana automática, sem reflexão, por exemplo, quando você diz no almoço: “me dá salada”. Isso é automático. Para produzir um texto você tem que pensar a linguagem.

Diário na Escola – Qual sua recomendação para os professores que estão trabalhando produção de texto com os alunos?
Ana Teberosky – Ler muito. Devem ler como adultos, devem ler para os alunos, devem comentar o livro. Sem comentários não adianta, não há progresso. Deve-se falar muito sobre
o livro, não só sobre o conteúdo, mas sobre a linguagem, sobre a capa, as letras, como se lê hoje, sobre o jeito como se lê, sobre as ilustrações.

Diário na Escola – Nesse momento, junto com a leitura, o educador deve pedir para as crianças produzirem textos?
Ana Teberosky – Não tão de imediato, não é só o primeiro passo, há o segundo passo. Por exemplo, se o educador está lendo com os alunos Chapeuzinho Vermelho, ele pode falar sobre o engano do lobo e comparar o erro da história com alguma situação cotidiana. Os alunos podem então fazer narrativas que envolvam enganos como o da história e o que o professor contou.

Diário na Escola – Qual a idade para as crianças iniciarem a produção de texto em casa e na escola?
Ana Teberosky – Depende do estímulo da família e dos professores, mas pode ser em torno de 2 anos ou 3 anos de idade. Na escola também, o quanto antes melhor.

Diário na Escola – O professor pode pedir para a criança um texto por escrito, com algumas normas de gramática, a partir de qual idade?
Ana Teberosky – É possível pedir isso para crianças de 4,5 ou 5 anos de
idade. Depende do que o educador pede e do quanto elas tiveram contato com a leitura e com a escrita. A recomendação para o professor, na verdade, é ler muito, depois comentar, quando a criança produzir um texto, o educador deve ler, comparar,e mostrar que a escrita não existe sem a leitura e a leitura não existe sem escrita. Elas estão juntas. O aluno vai acabar entendendo que
ele deve fazer um texto para alguma coisa, em função de alguma coisa.
fonte: DIÁRIO DO GRANDE ABC - DIÁRIO NA ESCOLA (06/08/2004)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Experiência do feijão

Olá pessoal!

Tenho Novidades.

Que tal utilizar a experiência do feijão de forma divertida, reciclando e dramatizando a história do " João pé de feijão"?







sexta-feira, 1 de abril de 2011

Teatro de fantoches com caixa de papelão


Encapar uma caixa de papelão com papel espelho. Em seguida, vire a caixa de forma que a parte aberta  seja a frente do teatro, e o fundo seja o cenário. Nessa posição, traçar uma linha horizontal na parte superior (no teto da caixa) ,deixando sem riscar  5 cm de cada lado e do lado fechado. Cortar com estilete em cima da linha traçada.  Faça outros traços horizontais , iniciando paralelos ao primeiro, porém, menores, variando as posições, ou seja, centralizados, á esquerda e á direita. NÃO FAÇA MUITO PRÓXIMO UM DO OUTRO, POIS PODERÁ COMPROMETER A ESTRUTURA DA CAIXA QUANDO VOCÊ CORTAR! 


NOS RISCOS MENORES, UTILIZE UMA TESOURA DE FORMA QUE  AUMENTE A LARGURA DO ORIFÍCIO.  
CUBRA O ORIFÍCIO COM DUREX (TRANSPARENTE E LARGO).

OBSERVAÇÃO: NO PRIMEIRO CORTE VOCÊ PODERÁ COLOCAR OS CENÁRIOS DE SUA ESCOLHA, CONFECCIONANDO-OS NO PAPEL CARTÃO, COMO POR EXEMPLO, CIDADE, CAMPO, FLORESTA, MAR, ETC., UTILIZANDO A MESMA CAIXA.  NOS OUTROS ORIFÍCOS, VOCÊ PODERARÁ MOVIMENTAR OS FANTOCHES.

Catavento ecológico

Esse catavento é uma das minhas criações,da qual, mais me orgulho.Pois, decidi que iria inventar um catavento com sucatas e não iria usar nenhum tipo de prego, tachinhas, percevejos, etc. Assim, ao invés de obstáculos eu vi possibilidades. Assim é a educação para mim. Um caminho de desafios possíveis, principalmente, quando acreditamos em nossas convicções de transformações para um mundo melhor.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Dia do Índio



Material utilizado para o bote com os indiozinhos:
2 garrafas pets com o fundo cortado
Durex colorido (vermelho e amarelo)
Durex (largo)
2 lâminas de papelão com cortes até a metade com estilete ( servirá como suporte para o bote)
1 Papel color set
10 palitos de churrasco
10 figuras coloridas de indiozinhos ( pesquisar em google imagens)
1 Soldador de fio para furar de forma precisa a garrafa ( custo e local/ entre 4,00 á 6,00 nas lojas de 1,99)
Desenhe um jacaré e cole numa tira de papelão

Colar do indiozinho

Mateial utilizado:
Tampinha de garrafa pet
Soldador de fio 
Recorte do rostinho de um indiozinho  ( tamanho da tampinha)  
Barbante




Todos os dedos

Participei de uma experiência, da qual, achei importante compartilhar. Na hora da roda, no momento em que as crianças cantavam a música dos dedinhos,  três delas não conseguiam distinguí-los. Assim que desenhei e dei vida  aos dedinhos de cada criança da classe (ex.: polegares), elas alcançaram os objetivos e em outros momentos dessa atividade, mesmo sem as carinhas, acompanharam as demais sem apresentar dificuldades.

Trabalhando com espelhos


Material utilizado
Para cada personagem :

2 lâminas de papelão
Desenho ampliado e colorido
1 lâmina de papel espelho para o fundo
1 Pistola de cola quente e 1 bastão de cola
1 Estilete

Como montar?
Colar o desenho numa das lâminas de papelão após colori-lo. Cortar a parte do rosto com estilete. Junte as duas lâminas de papelão e cole as laterais e a parte inferior deixando a parte de cima para colocar o espelho entre elas. Isso evitará acidentes.

Dado

Boneco Beto

Jogo com o esquema corporal

Primeiro as crianças devem interagir com todo o esquema corporal,como exemplo, realizar a pintura sobre o boneco. Em seguida, recorte as partes e trabalhe como um quebra cabeça,o qual, as crianças por meio de hipoteses, irão juntá-las formando o corpo novamente. Também, numa próxima atividade, você poderá inserir o dado.

Projeto identidade ( parte I)

Conhecer o corpo progressivamente, reconhecer-se como ser único e respeitar o outro, são fatores importantes e significativos para o desenvolvimento da criança. Dentro das atividades que conhecemos, podemos criar e recriar novas propostas de interveções para alcançarmos os objetivos desejados. Assim, o meu desejo é de ótimo dia de trabalho e de criatividade.

terça-feira, 29 de março de 2011

EDUCAÇÃO É CRIATIVIDADE

QUANDO RESPIRAMOS EDUCAÇÃO, INSPIRAMOS O DOM E EXPIRAMOS CRIATIVIDADE.
                                                                                                                              AP KUBOTA.